Projeto da Prefeitura pretende acabar com enchentes na Grande Tijuca

Quatro piscinões serão construídos em três bairros

*Paula Areosa e Ralph Guichard 

Cinco terrenos na Zona Norte da Cidade foram desapropriados pela prefeitura para iniciar um projeto contra as enchentes. São quase 50 anos de tormento para os moradores dos bairros, que sofrem com as chuvas torrenciais que vêm assolando o Rio, nos últimos dez anos. Os imóveis ficam na Grande Tijuca (especificamente os bairros de Vila Isabel, Grajaú, Andaraí, Maracanã, Mangueira, entre outros), uma das áreas mais afetadas.

Construir reservatórios subterrâneos para amenizar os alagamentos na bacia do Canal do Mangue, que reúne os rios Maracanã, Trapicheiros e Joana, principais responsáveis pelas inundações na Praça da Bandeira será a estratégia adotada pela prefeitura, que utilizará recursos do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. A obra está orçada em R$ 292 milhões.

O problema no Rio vem de longa data, em diversas regiões cariocas. Em 1966, bairros como o Jardim Botânico e a Lagoa ficaram praticamente submersos. O fato deixou 100 mortos e 20 mil desabrigados. Após 22 anos, foi a vez do Centro, que ficou com o trânsito parado devido a enormes bolsões d’água. Comerciantes tiveram incontáveis prejuízos, uma vez que lojas foram tomadas pela sujeira trazida pela correnteza.

Recentemente, em janeiro de 2010, o prefeito Eduardo Paes chegou a decretar estado de calamidade pública por causa das enchentes. Dois dias seguidos de temporais inundaram importantes vias, como a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. A Lagoa Rodrigo de Freitas transbordou, deixando moradores ilhados nas residências.

O último problema aconteceu em abril desse ano, atingindo novamente a Praça da Bandeira. Alunos de colégios próximos ao local tiveram que passar a noite em salas de aula. Uma mulher grávida passou mal e teve que ser resgatada por um bote do Corpo de Bombeiros.

Segundo a prefeitura, a previsão é de que as obras comecem no segundo semestre deste ano e durem 18 meses. A meta é que tudo seja concluído antes da Copa do Mundo de 2014, já que a área do Maracanã receberá jogos da competição.

* Paula Areosa e Ralph Guichard são alunos de Jornalismo da UniverCidade